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COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Como o secretário de Saúde reagiu à auditoria do Ministério da Saúde nas maternidades de Goiânia

Luiz Pellizzer deve se reunir nesta quarta-feira (28) com diretor do DenaSUS

Luiz Pellizzer, secretário de Saúde ao lado do prefeito Sandro Mabel (UB): titular mostra-se confiante e sereno diante de auditoria do Ministério da Saúde em maternidades de Goiânia (Foto: Divulgação)

Embora evite dar declarações sobre a auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) nas maternidades públicas de Goiânia, o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, tem acompanhado os trabalhos com tranquilidade. De acordo com interlocutores próximos, Pellizzer tem adotado um discurso de confiança e sereno diante da inspeção federal, iniciada nesta semana após denúncia formal da vereadora Aava Santiago (PSDB).

A expectativa é de que o secretário se reúna na quarta-feira (28) com a equipe do DenaSUS, liderada pelo diretor Rafael Bruxellas. Nos bastidores, pessoas com o direto ao gestor relatam que ele não se surpreendeu com o início das apurações e teria dito a um auxiliar de confiança. “só teme quem está fazendo coisa errada”. A fala foi compartilhada à coluna sob condição de anonimato. 

A avaliação interna é de que a atual gestão herdou a rede de saúde em colapso e ainda enfrenta um quadro de calamidade, o que explicaria a limitação de resultados mais expressivos até o momento. “Isso vai ficar claro para a equipe do DenaSUS que faz essa auditoria”, resumiu um auxiliar. Já na primeira coletiva com a imprensa, Bruxelas confirmou que há indícios de desvios de recursos e má gestão das unidades.

Procurada oficialmente, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou o acompanhamento da auditoria e reafirmou o discurso de caos deixado pela gestão anterior. De acordo com nota enviada à coluna, as maternidades foram recebidas com salários atrasados, falta de insumos, atendimentos suspensos e leitos desativados.

A pasta afirma que, desde então, foram tomadas medidas emergenciais, como a compra de medicamentos, regularização de pagamentos e reabertura de leitos. Também destaca o ree de mais de R$ 80 milhões à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das unidades auditadas.

“A reestruturação proposta na atual gestão tem o objetivo de assegurar o uso eficiente da estrutura das unidades, com ampliação dos perfis de atendimento, e tornar mais justa a aplicação de recursos públicos em toda a rede de saúde”, diz a nota.

Na nota, a SMS também reforçou que está à disposição do Ministério da Saúde para fornecer todas as informações necessárias durante o processo de auditoria, que já ou por visitas à Maternidade Célia Câmara e deverá avançar nos próximos dias sobre outras unidades da rede materno-infantil da capital.