Aava contesta Saúde e diz que atual gestão também é responsável por crise nas maternidades
Secretário de Saúde pediu para que a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD) fosse inserida no escopo da auditoria

A vereadora Aava Santiago (PSDB) respondeu nesta quarta-feira (28) às críticas do secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, sobre o escopo da auditoria nas maternidades de Goiânia, solicitada ao DenaSUS, que se limita ao ano de 2025. A tucana defende que a ferramenta foi solicitada após esgotadas as tentativas de resposta pelas vias institucionais. “O componente municipal de auditoria nunca se manifestou. O estadual só agiu no fim do ano ado, em meio a uma intervenção já tardia. Todas as portas institucionais estavam fechadas. Por isso, recorremos ao DenaSUS”, afirmou à coluna.
Pellizzer havia afirmado que o pedido ignorava os anos anteriores, quando, segundo ele, a crise nas maternidades municipais se agravou durante a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz. Em resposta, anunciou que a Prefeitura fará a solicitação para incluir os anos de 2022 a 2024.
Aava reforça que sua atuação foi constante nos últimos anos e resultou em denúncias formais apresentadas aos órgãos de controle. Ela cita, entre outras, denúncias ao TCM por falta de rees às maternidades (julho/2023), aos Ministérios Públicos por irregularidades no piso da enfermagem (novembro/2023) e ao Ministério Público de Contas sobre adesão a atas de preços (agosto/2024).
A vereadora também critica a ausência de providências formais da gestão atual sobre os problemas herdados. “Dizem que herdaram um rombo, mas não há nenhuma denúncia formal protocolada. A gestão atual segue apontando culpados, mas se omite diante da responsabilidade de agir.”
Ela afirma que a auditoria já identificou preliminarmente falhas de responsabilidade da atual gestão, como equipamentos novos sem uso, aparelhos parados e setores interditados por falhas elétricas. “Cinco meses depois, os mesmos problemas permanecem. Não se trata de falta de tempo, mas de falta de vontade política e de gestão.”
Por fim, defende a legitimidade do papel fiscalizador. “Fiscalizar é uma obrigação legal e
política de qualquer parlamentar. É inissível que essa prerrogativa seja tratada como ataque, quando deveria ser reconhecida como contribuição ao aperfeiçoamento da gestão pública. Se a fiscalização tivesse sido estimulada no ado, Goiânia talvez não estivesse vivendo essa crise na saúde”, completou.