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VELÓRIO

Corpo de militar que morreu em treinamento do Exército, em Mozarlândia, é velado no RJ

Os treinamentos seguem até o dia 6 de junho

Soldado Leonardo Cristiã Silva da Cunha (Foto: Reprodução)
Soldado Leonardo Cristiã Silva da Cunha (Foto: Reprodução)

Com Inglid Martins

O corpo do soldado Leonardo Cristiã Silva da Cunha, de 23 anos, que morreu durante a Operação Saci 2025 em um salto de paraquedismo realizado em Mozarlândia, no oeste de Goiás, está sendo velado nesta sexta-feira (30) no Cemitério Jardim da Saudade Sulacap, no Rio de Janeiro. Outros dez militares que ficaram feridos durante a atividade foram encaminhados para um hospital em Anápolis e, segundo o Exército, já receberam alta médica.

Leonardo participava do exercício militar em conjunto da Brigada de Infantaria Paraquedista e da Força Aérea Brasileira (FAB), ao lado de cerca de 300 militares. Durante o salto, ele caiu em uma represa e teria se afogado, segundo informações preliminares. A causa oficial da morte será confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML).

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte do jovem, que era casado e pai. Outros 10 soldados ficaram feridos durante a atividade, mas, de acordo com relatos de colegas, já retornaram ao Rio de Janeiro. Os treinamentos seguem até o dia 6 de junho.

Causa do acidente

De acordo com relatos de fontes ligadas ao exército, mas que preferem não ser identificadas, o velame — tecido que compõe o paraquedas — é sempre dobrado por profissionais do DOMPSA (Dobragem, Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar), batalhão especializado nessa tarefa. A dobragem é feita com rigor técnico e, segundo veteranos da tropa, falhas nesse processo são extremamente raras.

Entre as hipóteses levantadas para o acidente, estão a possibilidade de o paraquedas ter “charutado” (quando o velame se enrola e não abre corretamente) por conta de uma manobra descoordenada no momento do salto ou de os mosquetões não terem se desprendido antes da queda na água. Com o peso do equipamento, Leonardo pode ter submergido rapidamente e se afogado. Mas somente os laudos oficiais e a perícia técnica que está sendo realizada no equipamento poderão precisar as dinâmicas do acidente.

Em nota enviada ao Mais Goiás, a Seção de Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML) informou que a operação é realizada anualmente e que um procedimento interno foi aberto para apurar as circunstâncias do acidente e eventuais responsabilidades.

Leonardo está sendo velado na Capela nº 9 do Cemitério Jardim da Saudade Sulacap, na Avenida Carlos Pontes, nº 500, ao lado da Transolímpica, no Rio de Janeiro. O enterro está previsto para as 17h.